tag:blogger.com,1999:blog-6371788366762082832024-03-12T18:41:06.324-07:00Despejos Sofistas !Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14913846462260151132noreply@blogger.comBlogger41125tag:blogger.com,1999:blog-637178836676208283.post-83978198966541016772013-02-22T10:42:00.001-08:002013-02-22T10:42:11.277-08:00Des(encontro)<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">O bonito é descobrir que até o encontro do amor permanente somos distraídos e afastados por belas e falsas interpretações de um amor real. Acreditamos que amamos e aceitamos a condição, mesmo que no íntimo saibamos que não estamos completos e não tão pouco sentindo a sobriedade de um amor que transborda. Passamos por encontros e desencontros, e muitas vezes somos e fomos saciados pela superficiali</span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #333333; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">dade de algo que apenas "aparenta". Me pergunto até quando viveremos do que simplesmente "aparenta". Aparenta ser amor, aparenta ser amizade, aparenta dar certo, aparenta respeito, aparenta carinho. Assim não vale! Quando aparenta é porque simplesmente aparenta e não é. Nesses desencontros cotidianos que tive ao longo da minha vida, pude perceber que neles estava a simples espera da chegada do amor que permanece. E descobri que esperar a chegada é um dos sabores mais interessantes. É saber que o outro existe, e que embora ele ande em tamanho desencontro com a gente, tem sentido a mesma espera e aceitado de tal forma o momento da descoberta um do outro. Até o momento do encontro e do reconhecimento. Portanto, que não tenhamos pressa pra viver o real e nem tão pouco para viver o que não aparenta. Vamos viver o que realmente é! Aparentar é fácil, pois é nada mais que uma mistura de vontades individuais com realizações externas. Difícil mesmo é saber que o real não surge primeiramente de um desejo nosso. O que é real nos é apresentado, logo de cara! Que possamos permitir dia a dia a vivência da espera da chegada e também a vivência do simples; desencontro. </span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14913846462260151132noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-637178836676208283.post-91650919465522653102013-02-13T16:21:00.001-08:002013-02-13T16:21:21.075-08:00Nós!<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #373737; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">
Peço que antes de fazer a leitura deste texto, ouça a música: 1901 - Birdy! </div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #373737; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #373737; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">
Cá estou eu na tentativa de escrever sobre você, como se fosse fácil escrever sobre algo que pouco entendo e que tanto cativo. Esse algo transformado em amor. A verdade é que as palavras sempre se perdem quando sinto vontade de falar sobre nós. Daí eu tento mas não sai nada, e eu tento de novo e de novo e de novo. Arrisco um poema, mas não é disso que eu falo. Tento uma música, mas as cifras nunca completam meu contexto. E tento a crônica, bom, minha amiga crônica tem me ajudado nisso e lá vamos nós.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #373737; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">
Nessa noite que passou resolvi pensar em você, e nesse intervalo entre pensar e fumar, eu senti algo muito grandioso na minha alma; não era um insight e nem tão pouco uma vontade imensa de sussurrar em teus ouvidos meu amor por ti. Era apenas uma evolução espiritual tomando conta da minha necessidade de transcendência. Veio-me em mente o momento que fizemos amor na noite anterior. Momento esse que senti mais forte que das outras vezes, que o seu eu estava se tornando nosso. Veio-me em mente o momento que a existência resolveu traçar nossos caminhos e lembrei-me da primeira vez que nos encontramos. Ficamos sentados por algumas horas no parque, fumando e reclamando da nossa bagagem existencial; ora pesada, ora leve! Você articulava muito bem e isso me impressionava. O seu jeito “revoltado” me encantou . Lembrei-me também da primeira vez que dissemos eu te amo. Não sabíamos se era amor e muito menos se era paixão, mas sabíamos que havia em nós uma vontade grandiosa de nos amarmos. E assim fizemos. As horas estavam passando e essa coisa transcendente que não sei o nome e nem de onde vêm, começou a movimentar minha mente de forma inquieta. Não era necessário definição alguma. Eu sabia que era a nossa liberdade fazendo com que eu ficasse ainda mais ausente dos conflitos e mais presente na paz. Você me transmite paz e afeto. Lembro-me de quando estávamos deitados e que você olhou em meus olhos e uma lagrima escorreu. Eu não sabia se correspondia ao feito, ou se te abraçava forte e te protegia do mundo. Seus olhos verdes brilhavam com mais intensidade e seus lábios vagarosamente iam perdendo a cor. Você olhava pra baixo como se quisesse esconder algo, e eu insistia pra que correspondesse meu olhar. Era uma sensação forte ao mesmo tempo que era linda e fantástica. Foi exatamente nesse momento que soube que além de amor, havia em nós uma vontade imensa de cuidar um do outro. Vontade essa que nos fez de tal forma, ainda mais próximos e mais distantes de toda aquela coisa pesada que a existência traz quando relacionamos com ela. Seria estranho demais se eu dissesse que preciso mais de nós do que de mim, mas o fato é que a cada vez que me aproximo de nós sinto-me ainda mais próxima de mim. Do meu eu e do meu estado de contemplação espiritual. Por fim, digo insistentemente que o amor tem esse problema, quando se ama muito, a poesia transcende as palavras e começa a ficar não-verbal demais. As palavras se tornam algo mais vivencial e as escritas deixam de fazer sentido. Agora compreendo porque quando o assunto é você, as palavras quase que se movimentam independente da minha posição. É o amor. É você. Somos nós!</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14913846462260151132noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-637178836676208283.post-40222474675644514802013-02-04T10:37:00.001-08:002013-02-04T10:37:00.332-08:00Sexo ou amor. Amor ou sexo. <br />
<div class="MsoNormal">
Quero te fazer uma surpresa essa noite. Qual é? É surpresa, garoto. Tu sabe que não gosto de surpresas. É sexo? Não.
É amor! Amor? Sim. Amor. Aquele sexo com
fantasias eróticas e paixão, mas ao mesmo tempo, cheio de cuidado, carinho e afeto. Te espero
aqui as dez horas. Dez horas? Sim. Dez horas não da, vou estar lendo. Deixa
esse livro de lado, vai valer a pena. Tchau. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Desliguei o telefone e comecei a me achar pirada. Que
loucura é essa dizer que queria fazer amor com ele? O nosso relacionamento era sexo, sexo e
sexo. Não tinha amor, não tinha
telefonemas nas madrugas, não tinha eu te amo e nem todas essas coisas românticas
que os casais fazem. Só tinha tesão. Na verdade, não éramos um casal. Éramos amantes. Eu tinha certeza que eu era
amante mesmo ele dizendo que não tinha mais ninguém afetivamente. Meu apartamento estava como minha vida; na
desordem. Não sabia onde iriamos fazer
amor. Era uma surpresa, não podíamos mais usar a minha cama. Olhei pro
banheiro, o banheiro olhou pra mim. Era melhor não. Fazer sexo no banheiro, não
era fazer amor. Era simplesmente fazer sexo. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Liguei para uma amiga e disse que queria fazer amor com ele.
Ela riu do outro lado da linha e perguntou se eu estava bêbada. Eu disse que estava sentindo umas coisas meio
estranhas nesses nossos últimos dias. Uma puta saudade dele e não era carência.
E nem saudade de ver seu corpo sem roupa. Ela disse para experimentar a sala. Colocar
aquela toalha que eu uso para fazer meditação e colocar umas velas em torno
dessa toalha. Um incenso, vinhos e cigarros. Desliguei o telefone e comecei a
planejar. Eram nove horas e meu estômago
começou a transmitir umas sensações estranhas para meu cérebro. Era a primeira
vez que dizia querer fazer amor com alguém.
Sempre tive medo de amar e ser amada. Essa coisa de amar e ter
compromisso e ter romantismo e ter carência e fazer amor, nunca foi pra mim.
Sempre gostei de coisas mais livres e minha vida estava fluindo bem assim. Até no nosso ultimo encontro. Subimos uma
cerra e ficamos vendo a cidade. Conversando sobre planos futuros e sobre
vontades íntimas. Ele me disse que queria ser amado, e eu acabei dizendo que
amar é besteira. Fazer sexo era melhor. Fomos
cada um pra sua casa e depois disso, me bateu aquela puta vontade de viver um
amor desses de cinema, sem cair no padrão social. Esses amores que duram três meses e que não
perdem a intensidade. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Organizei a sala. Coloquei minha melhor roupa mesmo sabendo
que não a usaria por muito tempo. Perfumei o apartamento. Coloquei o incenso.
Fumei um cigarro e liguei minha vitrola com o disco do Neil Young. Eram 21:45 e meu coração estava apertado. Queria ver aquele corpo moldado pela natureza
e beija-lo por completo. Queria olhar nos olhos e deitar sobre seu peito. E
amar, amar, amar e fazer sexo. Eu queria
sentir teu corpo no meu, e sentir o calor da alma através do amor. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
A campainha toca. Dou
uma ultima olhada para a sala e tudo pronto. A surpresa estava ali. Abri a
porta e lá estava ele. De chapéu-coco,
calça preta e uma blusa branca e um suspensório,
com flores vermelhas sobre as mãos. Ele
sabia que eu sentia muito tesão por seu suspensório. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Boa Noite.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Boa Noite!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Então... Qual é a surpresa? <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Eu tinha mania de sempre brincar com sua seriedade e fui
logo dizendo: A surpresa sou eu. Não
gostou? <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Amei!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Entramos, coloquei as flores no vaso com água em cima da
mesa que certamente tomaríamos café durante a manhã. E foi ali que tudo
começou. Ele tinha mania de me pedir que sentasse em teu colo e assim o
fiz. Ele passou a mão sobre meus cabelos
escorregando-a pela minha barriga. Na barriga apertou forte. Olhei de lado e
ele beijou minha bochecha e sorriu. Por ali ficamos, em silencio. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Qual é? Não gostou da surpresa? Quero fazer amor ou sexo,
tanto faz. Eu quero você. Seu corpo. Em mim. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Silencio. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- A verdade é que eu gostei tanto e tanto e tanto que perdi
o tesão de fazer sexo e fiquei com uma puta vontade de aproveitar essa noite
para observar a beleza da tua alma e não do teu corpo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
E assim, bom, não preciso nem dizer, começamos a amar o amor
e não o sexo! <o:p></o:p></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14913846462260151132noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-637178836676208283.post-45685436679871257642013-02-01T19:35:00.000-08:002013-02-01T19:35:02.117-08:00Desconhecido. <br />
<div class="MsoNormal">
Já é tarde, eu pensei. São quase duas e a única coisa que
faço é ouvir a mesma musica repetidamente.
Leio alguns textos, escrevo algumas coisas e ainda assim me sinto cheia.
Sinto que tem algo aqui dentro, algo forte, daqueles que faz o coração bater
mais forte, e que precisa ser dito ou cuspido como letrinhas de poesia. Daí eu
tento, mas não sai. Eu tento de novo, mas não sai. Dai eu começo a respirar e a meditar, mas
continua aqui. E eu respiro, e expiro, e
a dor continua em mim. Eu troco de musica, mas não é culpa da música. Leio alguns textos e recito alguns mantras,
mas essa coisa louca que não sei o nome e nem sei de onde vêm, continua aqui
dentro. Eu resolvo partir para agressão
e acendo um cigarro. A tragada impulsiona a dor até a boca do estômago, mas não
consigo vomita-la. Fumo um, dois, três
cigarros. Mas nada. A dor continua aqui.
Olho para dentro na tentativa do recolhimento, mas parece que essa é dor é tão
íntima de mim que não sei o que é e nem onde fica. Tento
desdobrar a minha alma e começo a tentar compreender minha mente, mas
nada. Não encontro de onde vêm essa dor.
Essa coisa que precisa ser cuspida e que fica entre o estômago e o coração. De
repente me silencio. O silencio é forte,
e sinto que algo está saindo lentamente pela minha boca, nariz, ouvido e
coração. Essa coisa que não sei o nome e nem de onde vêm é nada mais que a
saudade do desconhecido. <o:p></o:p></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14913846462260151132noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-637178836676208283.post-44954010451624085992013-02-01T16:14:00.005-08:002013-02-01T16:14:29.299-08:00Buraco!<br />
<div class="p-post" style="background-color: white; clear: both; color: #666666; float: left; font-size: 16px; line-height: 23px; padding: 10px 20px 0px; width: 455px;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Me perdoe pelos meus mil anos à frente dos nossos segundos e pela saudade melancólica que eu senti o tempo todo mesmo sendo nossos primeiros momentos. Pelo retesamento na hora de entregar. Pela maneira como eu grito e culpo quem tiver perto por uma angustia que sempre foi e será só minha e que eu sempre suporto mas quando sinto amor fico achando que posso distribuí-la um pouco, mesmo sabendo que é fatal.</span></div>
<div class="p-post" style="background-color: white; clear: both; color: #666666; float: left; font-size: 16px; line-height: 23px; padding: 10px 20px 0px; width: 455px;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Me desculpe por eu ter querido tanto ficar bonita e perfeita e só ter conseguido olheiras e ossos. Me perdoe pelas vezes que de tanto querer leveza acabei pesando a mão. De tanto querer sentir, pensei sobre como estava sentindo, e perdi o sentimento. Ou senti sem pensar e isso pra mim é como meus medos das drogas e então precisei roubar a chave do carro do seu bolso pra me proteger de não olhar mais uma vez você e nunca mais voltar pra casa. Minha maior dor é não saber fazer a única coisa que me interessa no mundo que é amar alguém. Me perdoa por eu querer de uma forma tão intensa tocar em você que te maltrato. Minha mão acostumada com um mundo de chatices e coisas feias fica tão gigante quando pode tocar algo lindo e puro como você, que sufoca, esmaga e estraçalha. Me perdoe pela loucura que é algo tão pequeno precisando de amor e ao mesmo tempo algo tão grande que expulsa o amor o tempo todo. Eu sou uma sanfona de esperança. Eu tenho estria na alma.</span></div>
<div class="p-post" style="background-color: white; clear: both; color: #666666; float: left; font-size: 16px; line-height: 23px; padding: 10px 20px 0px; width: 455px;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Enfim. Cansei de pedir desculpa por quem eu sou. Cansei de ouvir de todo mundo como é que se trabalha, se ama, se permanece, se constrói. Eu tentei com todas as forças amar você e agora sofro com todas as forças pelo buraco que ficou entre o sofá e a planta e o meu coração. Você vai embora e eu vou voltar para as minhas manhãs com o iogurte que eu odeio mas que é a única coisa que passa pela garganta quando o dia tem que começar. Vou voltar para aqueles e-mails chatos de pessoas que eu odeio mas que pagam esse apartamento sem você. E ficar me perguntando de novo para quem mesmo eu tenho que ser porque só tem graça ser para alguém. E que se foda o amor próprio.</span></div>
<div class="p-post" style="background-color: white; clear: both; color: #666666; float: left; font-size: 16px; line-height: 23px; padding: 10px 20px 0px; width: 455px;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Você me disse e me olhou de formas terríveis mas o que sobrou colado em cada parte do dia e de mim é a maneira como você sorri levantando que nem criança o lábio superior direito e como eu gosto de você por isso e por tudo e mesmo quando é ruim e sempre quando é incrível e ainda e muito e por um bom tempo. Tati Bernardi</span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14913846462260151132noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-637178836676208283.post-58983748970090792502013-02-01T14:33:00.001-08:002013-02-01T14:33:30.528-08:00O homem mais bonito do mundo!<br />
<div class="MsoNormal">
E não foi que numa dessas brincadeiras de ter e pertencer ao
outro, eu acabei me pertencendo? <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Tudo começou quando tudo finalizou com ele. Quando vi que a relação não tinha mais a
mesma pureza do primeiro encontro e que já não tinha mais graça ter aqueles
encontros casuais, onde tentamos impressionar dessa ou daquela forma. Resolvi pular correnteza a fora e preocupar mais comigo. E foi nessa linha tênue do preocupar comigo e
esquecer ele, que me surge o outro.
Aquele que não conheço suas intimidades, mas conheço da tua voz, imagino
teu cheiro e sinto falta dos seus carinhos.
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Foi exatamente no momento que disse que não dava mais para
continuar com aquele relacionamento que
resolvi sair a procura de alguma forma de não morrer de solidão. Estava caminhando em direção as aulas de
meditação quando de relance vejo que tem um cara do outro lado da rua, com
cabeça baixa e uma blusa xadrez grande, com óculos iguais aos meus e um chapéu
coco. Logo pensei que era minha
representação masculina e que eu estava ficando maluca. Esfreguei os olhos e
olhei fixamente. Ele retribuiu. E olhei de novo. Ele sorriu e atravessou na minha direção. Não
havia nenhuma casa naquela rua a não ser a clinica de meditação. Imaginei que seria uma puta loucura se ele
também estivesse indo nessa clinica. Fui de cara perguntando: Não me diz que
também é zen? Ele sorriu alto e disse que eu não estava maluca. Que era a
primeira vez que iria nesse lugar, e ousou me perguntar se poderia
orienta-lo. Gaguejei ao responder, pois
sua beleza era imensa. Ele era o homem
mais bonito do mundo. Seus olhos eram
castanhos e seus cabelos possuíam cachos perfeitamente moldados. Fora
que possuía um lindo sorriso e uma forma modesta de falar sobre suas
vontades. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Sim. Ele era o homem mais bonito do mundo. Quando afirmei
isso pra mim mesma, comecei a tentar encontrar algum defeito. Fui logo pensando que ele deveria cheirar mal,
mas quando me aproximei de seu corpo, vi que esse não era o defeito. Ele
cheirava o sabor mais doce do mundo. Cheguei
a imaginar que o problema era que ele não sabia conversar, e fui logo falando
sobre psicanalise de Freud.
Incrivelmente ele sabia tudo e um pouco mais. Resolvi partir para cima e
perguntar se ele era gay. Ele sorriu e me perguntou se o teu jeito era de gay.
Retribui o sorriso e disse que não, e que esse era o problema. Não poderia conformar que ele era o homem
mais bonito do mundo. Ele falava baixo e
passava a mão entre os cabelos quando falava sobre suas inseguranças. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Ainda me intrigava o que havia de errado nele. Porque diabos ele estaria conversando comigo. Justo eu que estava com uma baixa energia devido ao
término, e que de certa forma estava perdida tentando encontrar algum recurso que me aproximasse de mim mesma. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Fomos a aula de meditação e ele fazia tudo tão bem e tão
delicadamente, que não consegui meditar só por ficar olhando sua posição ereta
e tão centrada. Até tentei usar do
argumento de que seus pés eram feios, mas não! Eram mais delicados que os meus. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Após a meditação fomos caminhando para o parque da cidade. E
sentamos no gramado e conversamos e trocamos sorrisos e experiências. Eu sentia uma puta vontade de olhar no fundo
dos seus olhos na tentativa de enxergar algum vazio. Mas não, seu olhar era
profundo e sensual. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Trocamos telefones e naquele mesmo parque nos
despedimos. Ele me abraçou forte e
passou a mão nas minhas costas parando-a na minha cintura. Beijou minha testa e disse que numa próxima
oportunidade iriamos nos encontrar. Eu
sorri, olhei nos seus olhos e fui pra casa. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Confesso que fiquei ansiosa para receber alguma mensagem ou
coisa do tipo. Até pensei que o problema dele deve ser que ele não liga para os
sentimentos e que eu não seria uma exceção. Pensei ser besteira acreditar que ele mandaria alguma mensagem e fui
dormir. No outro dia, recebo uma
mensagem logo de manhã: “Eu gostei da sua liberdade e da sua vontade de
desprender das coisas. Sabe de uma
coisa? A sua felicidade está tão dentro de você, e te falta tanto se encontrar,
que ela permanece distante. Abraços.” Sim. Ele era o homem mais bonito do
mundo e esse era o problema; não mais o encontrei. </div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14913846462260151132noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-637178836676208283.post-70017164806253523152013-01-30T17:40:00.000-08:002013-01-30T17:40:07.010-08:00Olhar para dentro! <span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.99715805053711px;">Uma vez que olhei para dentro com olhares de compreensão, pude perceber o verdadeiro sentido das coisas que me aconteciam por dentro. Pude compreender que a raiva não passava de uma condenação da minha mente para as coisas que eu era incapaz de aceitar. Pude compreender que a insegurança era o meu medo e o meu acreditar que não sou capaz de lidar com todas as coisas que me acontece, coisas essas q</span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #333333; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.99715805053711px;">ue me arranca um pouco mais de mim mesma. Pude compreender que a carência era a falta de me sentir amada, e falta essa que inconscientemente recriminei a mim mesma de suprir. Pude compreender que os momentos tristes foram exatamente aqueles que preferi buscar coisas externas como preenchimentos. Pude compreender que faltava um pouco mais de autenticidade em mim mesma. Faltava um pouco mais de atenção com meu eu. Percebi através da meditação e através da prática do amor, que o segredo era aceitar a natureza real das coisas. Como dizia Osho: Aceitar tal como é. Por fim, pude compreender que pela ausência dessas combinações, entre eu-com-eu, que deixei de lidar sobriamente com o mundo externo. Sorrisos largos e palavras doces, qualquer pessoa é capaz de fazer. Dizer que ama e fazer do outro um abrigo, qualquer carência é capaz de fazer. Dizer que está bem e sentir-se bem momentaneamente qualquer ser consegue, mas existe uma sútil diferença entre a temporalidade dessas coisas e o estado real. E concluí com o tempo e as experiências que o que eu precisava era que tudo fosse vivo e verdadeiro. No fundo eu só queria aceitar a natureza das coisas e compreendê-las tais como são! Aceitação no sentido mais puro! Sem condenações internas e sem isso de ter preconceito com meus sentimentos. O segredo pra mim é deixar que de fato, as coisas comecem a fluir naturalmente. </span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14913846462260151132noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-637178836676208283.post-40403470601835806942013-01-29T18:51:00.001-08:002013-01-29T18:51:24.644-08:00Desprendimento. <span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.99715805053711px;">Não gosto de nada forçado. Amizade forçada, namoro forçado, amor forçado, visita forçada, cumprimento forçado. Eu gosto de quando as coisas são naturais e tranquilas. Sem mediações e sem limitações! Gosto da ausência de exigência e da presença da naturalidade. Gosto do que é puro, e sinto que pra haver pureza é necessário que haja o distanciamento do "dever". Não existe isso de que devo amar, ace</span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #333333; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.99715805053711px;">itar e respeitar as pessoas que tem certa proximidade com meu ser. O que existe mesmo é o fazer influenciado pela vontade. A cumplicidade não é um dever limitante em um relacionamento e sim uma vontade que surge através do envolvimento. Assim como a aceitação do que o outro é. Não existe regras e deveres perante a pureza de um relacionamento. O que existe é o fluir e o desabrochar dos valores que pertencem ao amor e a compaixão.<br />A verdade, é que no fundo, bem no fundo, eu gosto do que me parece sincero.</span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14913846462260151132noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-637178836676208283.post-54834528341450953382013-01-29T06:23:00.002-08:002013-01-29T06:23:12.457-08:00Para a Angélica! <br />
<div class="MsoNormal">
Passei a mão na cabeça e pensei: “É agora.” <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
É agora o momento que preciso organizar as coisas e
descobrir o que significa essa intuição que me deixa cada dia mais profunda e menos externa. Já tentei de todas as formas me encontrar. Já fui santa, já fui “puritana” e já fui
mulher. Já fui à igreja católica, evangélica,
e nas reuniões jeová. Sem falar que ando
frequentando o budismo, e mesmo assim falta alguma coisa. Sinto que falta mais eu em mim. Já fui homem e já fui mulher em uma relação.
Já fui filha, já fui irmã, mãe, amiga, namorada, ficante e flerte. Já fui
rebelde, hippie, mendiga, rockeira e punk.
Já disse eu te amo, e já gritei eu te odeio. Já quis estar junto, e já quis estar
longe. Já sai sozinha, e na maioria das
vezes acompanhada. Já ouvi bossa nova, e
gritei ouvindo rock. Já curti reggae, e
já gostei das ondas e vibrações rastafáris. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
As vezes me questiono o fato de que estar sozinha pra mim,
na maioria das vezes, é uma sensação assustadora. Parece que quando o assunto é lidar comigo
mesma, as coisas mudam de forma e tudo parece um pouco assustador. E ao mesmo tempo, sinto uma vontade imensa de
dizer adeus pra aquele relacionamento cotidiano e ficar sozinha. Não que eu precise me amar mais, ou algo do
tipo, eu só preciso olhar no espelho e dizer: “Agora é só eu e você”. Não que me falte afagos internos, mas eu
sinto que por ventura, tem me faltado um pouco mais de Angélica. A Angélica substancialmente transformada
através da essência pura. As vezes eu
choro porquê sinto falta de alguém.
Sinto falta de alguém que me ouça e não me questione. Sinto falta de
alguém que esteja comigo a todos os momentos. Que me abrace mentalmente quando a
ausência for necessária. Que diga que me
ama independente de tudo. Alguém que me conheça e que me compreenda da melhor
maneira possível. Eu sinto falta mesmo, não é de um namorado ou de um colo de
mãe. Nem mesmo de ter amigos e sair para
fumar com eles no parque. Eu sinto falta
é da Angélica que existe em mim. Eu sinto falta de mim mesma. Não, não é loucura! Eu me amo muito! <o:p></o:p></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14913846462260151132noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-637178836676208283.post-57591704189649609622013-01-28T15:47:00.000-08:002013-01-28T15:47:02.784-08:00O outro precisa ser livre!<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.99715805053711px;">A verdade é que por mais duro que seja, e por mais bonito que é acreditar no amor individual, ninguém é posse de ninguém. Somos seres livres por natureza. Responsáveis pelos nossos atos, e além de tudo, seres consequentes. Ao relacionarmos com o outro nos tornamos parte complementar, e também é inegável o fato de que somos responsáveis pela liberdade do outro. Não devemos e não temos o direito de </span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #333333; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.99715805053711px;">fazer com o que outro perca a própria naturalidade na tentativa de satisfazer nossos desejos, ou de ante-mão, na tentativa de amaciar nosso ego, mesmo que temporariamente. Cada pessoa tem seu espaço, e o direito de fazer o que quiser. Um bom relacionamento é construído através desses ideais. Através da aceitação de que cada um, embora sejam receptores de um mesmo sentimento, possuem o direito de mudar de escolha. </span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14913846462260151132noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-637178836676208283.post-43352981592025267422013-01-17T07:28:00.002-08:002013-01-17T07:28:51.533-08:00Ser leve. Ser você !<br />
<div class="MsoNormal">
Hoje resolvi ser mais leve.
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Quero chegar em casa,
depois de um dia cansado e me esparramar no chão da sala, olhando para o teto e
respirando vagarosamente. Quero tomar
aquele café que apenas o Gabriel sabe fazer, e sentir sabor real daquela coisa
que eu chamo de estranha que passa queimando minha garganta e me despertando
vontade de querer mais. Quero poder
tomar banho, e ficar debaixo do chuveiro saboreando aquela água caindo entre as
minhas costas, os meus cabelos, e por fim, na minha alma. Quero poder sentar no sofá, folear meus
livros de filosofia e sentir o cheiro de conhecimento misturado com aquele
cheiro gostoso de livros velhos, sem ter
que me preocupar com o que tenho que fazer daqui cinco ou dez minutos. Quero poder ligar a minha vitrola, colocar
aquelas músicas do Chico, e dançar, dançar, dançar, até ficar casada e sentir
vontade de telefonar para o Gabi e ficar conversando por horas sobre
psicanalise, e sobre a viagem que pretendemos fazer. Quero poder olhar nos olhos e dizer que
amo. Abraçar, acariciar o corpo, e
deitar com a cabeça no peito, sem precisar me envolver emocionalmente, e sem me
preocupar qual a denominação dessa ou daquela relação afetiva. Quero poder passear pela cidade, observar o
movimento, a paisagem e as pessoas.
Quero poder almoçar em família, sorrir em família, e amar em família,
sem precisar ficar a todo momento recordando as magoas e brigas que outrora
aconteceram. Quero poder ficar a sós com
a natureza e meditar, aprofundando o meu estado de introspecção, sem precisar
me preocupar com essa ou aquela coisa que me torna um pouco mais ansiosa. Quero
poder sair com os amigos, tocar violão, fumar, sem precisar me preocupar
com horários ou responsabilidades no dia
seguinte. E por fim, eu quero apenas ser
eu mesma, sem isso de agradar ou de ter que fazer social para ter um número de
amigos ou pretendentes um tanto quanto maior.
Quero mesmo é usar meu coturno vintage marrom, minha blusa de renda, meu
laço de bolinhas, e minha bolsa marrom, me sentindo uma estranha socialmente, e
ao mesmo tempo tão amigável com meu verdadeiro eu. Quero mesmo é ser livre!<o:p></o:p></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14913846462260151132noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-637178836676208283.post-59615935365483839132013-01-12T09:55:00.002-08:002013-01-12T09:55:54.398-08:00Escrever:<br />
<div class="post-body entry-content" id="post-body-8205255671476551063" itemprop="description articleBody" style="background-color: white; color: #373737; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; position: relative; width: 506px;">
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #333333; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 9.5pt; line-height: 14px;">É inegável o fato de que a escrita me deixa mais viva, mais lúcida e mais sólida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: #333333; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 9.5pt; line-height: 14px;">Escrever é nada mais do que um simples tentar se recompor por detrás daquilo que te define.<span class="apple-converted-space"> </span></span><span style="color: #333333; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 9.5pt; line-height: 14px;"><br />Muitas pessoas me perguntam o que tem de tão bonito na escrita, e eu simplesmente respondo: A escrita é definição, e isso é bonito!<span class="apple-converted-space"> </span><br />Tudo bem que o olhar e a expressão física também definem, mas a escrita é determinante. Difi<span class="textexposedshow">cilmente há dois caminhos para um poema/crônica bem construído.<span class="apple-converted-space"> </span><br /><span class="textexposedshow">Definição essa que por vezes basta para uma demonstração subjetiva de amor, afeto e paixão se tornar mais real. Definição essa que muita das vezes torna os meus medos e manias menos acessíveis internamente.</span><span class="apple-converted-space"> Grandes poetas, escritores, filósofos e dramaturgos vivem da escrita, da poesia, da crônica e do poema. Fazem disso um alicerce para a vida cotidiana, e passam a depender desse amontoado de letrinhas em harmonia.<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="apple-converted-space"><span style="color: #333333; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 9.5pt; line-height: 14px;">Eis aqueles que por vezes não conseguem compreender a grandiosidade do conjunto de palavras em harmonia, e claro, preferem acreditar no silencio de algo que não soube ser exposto. </span></span><span style="color: #333333; font-family: Tahoma, sans-serif; font-size: 9.5pt; line-height: 14px;"><br /><span class="textexposedshow">Por fim, não há definição maior do que saber que quando se trata de escrever, basta ter um lápis na mão, e deixar que naturalmente, a alma fale por si mesmo. </span><br /><span class="textexposedshow">Pra mim, escrever é o amor manifestado em necessidade de me tornar mais viva.</span><span class="apple-converted-space"> </span></span></div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14913846462260151132noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-637178836676208283.post-90880070880876566322013-01-11T10:02:00.002-08:002013-01-11T10:02:21.196-08:00Pode dizer, coloca pra fora, tô contigo!<span style="background-color: white; color: #373737; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">Pode dizer, coloca pra fora, tô contigo, quero te ver bem. Foram essas as palavras que ouvi enquanto estava trancada no meu quarto, lamentando a dor de algo que não sei o que é. Algo que é muito menos do que existir e muito mais do que permanecer. Sou meio assim, tão mais ou menos, cheia de termos e modos não denominados e não classificados virtualmente através da escrita. Algumas coisas ficam guardadas só pra gente. E a gente sofre em silêncio, e o outro nem percebe. Daí a dor aumenta, por saber que o outro não te conhece quando está mal, e você começa a chorar. Coloca aquela música do Neil Young, e chora, chora, e coloca as mãos sobre a cabeça, escondendo teu rosto como se fosse tapar sua angustia, e continua chorando. A angustia é forte e você não sabe se telefona e pede socorro, ou se finge que está tudo bem. Diz que você só está ocupada demais e sem tempo pra sair, engole a angustia e sorri. </span><br />
<div class="post-body entry-content" id="post-body-2125666547776290734" itemprop="description articleBody" style="background-color: white; color: #373737; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; position: relative; width: 506px;">
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
É uma dor imensa, uma vontade louca de abrir a janela da alma e colocar tudo pra fora. Uma vontade gritante de fazer aquilo que toda pessoa faz quando está depressiva: Gritar, e gritar e gritar. Mas eu não faço nada. Não faço nada a não ser silenciar e fingir que está tudo bem. Eu sempre fui assim. Sempre chorei por dentro e sorri por fora. As pessoas até acreditavam, e sorriam junto. Papai sempre disse que eu era boa atriz, desde nova. Gostava de falar sozinha e fazer toda aquela encenação de quem sabe o que faz, mas tem medo que os outros descubram. Continuo chorando. A minha dor é menos que minha vontade de ir procura-lo, e mais que meu medo de descobrir que sua vida tem andado bem sem mim. A minha dor é quase que do tamanho da vontade de morrer. Morrer por dentro e se reconstruir novamente. As lagrimas molharam o meu vestido, e o meu quarto cheira a dor de algo que não tem nome. Pra que ter nome? Eu penso. Mamãe liga e pergunta como tenho andado, eu engulo o choro e digo que tenho trabalhado muito. Ela sorri e diz que sente saudades. Começo a chorar silenciosamente e desligo o telefone. Talvez eu acabasse de descobrir o segredo da minha dor: Carência. Carência de afetividades familiares, amigas, e amorosas. Não que me faltasse esse tipo de coisa, mas é aquela coisa de que todo mundo precisa ser surpreendido por quem gosta. Talvez fosse esse o nome: A falta de algo que ainda nem chegou em mim. Levantei, lavei o rosto, olhei no espelho e disse pra mim mesma: Recomponha-se menina. Recomponha-se. </div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14913846462260151132noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-637178836676208283.post-35536887767163429842013-01-11T07:14:00.001-08:002013-01-11T07:14:20.968-08:00Viver bem.<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.999998092651367px;">Resolvi contar o meu segredo para viver bem. Deixe de lado todas essas recomendações de terapeutas e dietas. O segredo é nada mais que amar a si mesmo. Amar-se ao ponto de não precisar que alguém tape os espaços vagos da sua existência. Amar-se ao ponto de não depender de projeções externas para se sentir bem. Amar-se ao ponto de reconhecer no outro aquilo que te falta, e fazer do outro um complem</span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #333333; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.999998092651367px;">ento existencial. O segredo é nada mais que olhar no espelho e deixar de lado todas as imperfeições externas. É olhar para o espelho e refletir sua alma!<br />O primeiro passo é bem barato e fácil de conquistar: Descubra as coisas que te façam bem, sejam elas as mais particulares possíveis. Andar de descalço, comer chocolate, ir ao cinema sozinho, ler historias em quadrinho, fazer doce, ou dançar sozinho. Comece a praticar essas coisas diariamente e perceba que ninguém é melhor para companhia do que você mesmo. E só depois de se amar muito, que poderá amar alguém!<br />Ser feliz não tem preço, é de graça e não gasta receita !</span><br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14913846462260151132noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-637178836676208283.post-79463845803263154682013-01-10T18:48:00.001-08:002013-01-10T18:48:05.464-08:00(In)voluntariamente. <br />
<div class="MsoNormal">
De repente esse laço se corrompe e você percebe que valeu a
pena, mas não da mais. A vontade de introspecção começa a fluir, e você não
sabe silenciar, já que se acostumou com a presença. Tudo se torna mais complicado quando naturalmente
a singularidade começa a surgir. Você começa a desejar sua presença, e a querer
ausência de tudo: Familiares, namorado, amigos, e principalmente das coisas que
mais gosta. Não é egoísmo, você auto-afirma. É apenas uma vontade de ficar sozinha.
De repente você percebe que já faz uma semana que não fala com ninguém, e que
ninguém te procura. Você não sente falta, e nem eles. Você descobre que é difícil
lidar consigo mesma, e começa a te achar invulnerável. Mas não é possível que
eu seja tão distante assim, pensei. Você
quase não se encontra consigo mesma. A vontade aperta, e você passa a ficar
deitada, por dias, sem vontade alguma de se sentir amada, desejada, e assim,
não surge nenhuma reciprocidade. Passaram-se um mês, e você sente uma vontade
gritante de sair do conforto do quarto. Parecia ser um insight, que
involuntariamente tomou conta do seu ser, e te fez, quase que sem escolhas, uma
pessoa mais plena e mais preparada para lidar com as adversidades. Você sorri.
Abre a porta da alma, e resolve
telefonar. Descobre que ele estava lá, esperando seu tempo, e sua recomposição.
Se sente bem, e resolve caminhar a procura do outro, já que se está cheia de si
mesma. <o:p></o:p></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14913846462260151132noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-637178836676208283.post-64394968667905935762013-01-10T17:45:00.001-08:002013-01-10T17:45:11.800-08:00Qual o segredo?<br />
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 13.5pt;">
<span style="color: #373737; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Levantei, abri a
janela do quarto, olhei no espelho e me senti maravilhosamente bem. Tomei
banho, arrumei a mesa do café, sem precisar que alguém se levante e exigisse
que eu fizesse isso ou aquilo. Organizei uns livros que haviam ficado na mesa
da cozinha, juntei-os, fumei um cigarro, ainda de roupão para que o cheiro não
ficasse na minha roupa. Fui até o quarto, coloquei minha calça preta, e
meu casaco preto. Fazia muito frio, e adoro abusar nas roupas de inverno.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #373737; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> Sentei na mesa, esperando que o jornaleiro trouxesse o jornal,
quando ele bate na minha porta, sorri e diz: Estas bela hoje, senhorita. Qual o
segredo? Eu sorri, e disse que o segredo era dormir cedo. Ele retribuiu o
sorriso, e se foi. Sentei no sofá, tomei o café, li as noticias, e umas
piadinhas não tão engraçadas. Já era 8:00 e precisava ir a minha aula de
piano... Passei meu batom vermelho e abrindo o portão deparei-me com um
vizinho, daqueles que sempre educadamente deseja um belo bom dia, um tanto quanto
animado. Logo foi dizendo: Nossa, caprichou hoje... O que foi? Um novo amor?
Retribui o sorriso, e insisti que o segredo era dormir cedo. Ela sorriu
receptivamente e saiu.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #373737; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">As ruas estavam movimentadas e a chance de encontrar algum velho amigo,
ou alguma tia que adora perguntar sobre o namorado, ou quem sabe encontrar
aquele velho flerte, mas por incrível que seja, não encontrei ninguém.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #373737; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Chegando na sala de piano, minha querida professora, sorrindo com uma
flor na mão, me disse: Acabei de ganha-la, mas vejo que quem a merece é você.
Estás deslumbrante hoje. O que foi? Conseguiu produzir um texto bacana?
Agradeci pela rosa vermelha, e disse que o segredo era a meditação que andei
fazendo essa semana. Confesso que cheguei acreditar que poderia ser, ou quem
sabe, fosse essa minha vontade de encontrar alguém legal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #373737; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Voltando pra casa, encontrei um velho amigo, que não nos falávamos a
tempo. Ele foi logo comentando que estava namorando e que estava muito
apaixonado pela tal menina, e fez um comentário muito feliz da parte dele: Vejo
que estás mais serena. O que andou acontecendo de tão bonito na sua vida?
Fiquei surpresa de como as pessoas andaram percebendo o meu desenvolvimento
intelectual nesses últimos tempos. Não sabia se dizia sobre a meditação ou se falava
que o segredo era realmente dormir cedo. Acabei, quase que indiscretamente,
falando que o segredo era não se apegar a ninguém. Ele sorriu e disse que era
quase que imoral aplicar essa ideia na sua vida, justo nos primeiros meses de
namoro. Havia dado minha hora e precisava voltar pra casa, não rendi assunto, e
disse que adorei a conversa, e que esperava que nos encontrássemos numa próxima
oportunidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #373737; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Chegando em casa, tirei o sapato, o casaco, respirei e disse: O
segredo é nada mais que amar a si mesmo, e não estar carregando nenhuma bagagem
de ninguém, a não ser a sua própria.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 13.5pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #373737; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> O segredo é aprender a se olhar no espelho e não negar as
imperfeições externas. O segredo é olhar pro espelho, e refletir a tua alma,
pois essa sim, é o caminho para felicidade ! <o:p></o:p></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14913846462260151132noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-637178836676208283.post-58171256822081969502013-01-10T07:15:00.001-08:002013-01-10T07:15:08.554-08:00Homossexualidade SIM ! <br />
<div class="MsoNormal">
O que é ser homossexual e heterossexual?
Gostar de meninas e gostar de meninos?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
É tão banal que em pleno século
XXI seja necessário definir sua orientação sexual e que através dessa definição
as pessoas vão definir também seu caráter.
Desde quando a orientação sexual ou com quem você fez faz sexo, define
quem você é? <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Estamos sendo sujeitos a enquadrar
a determinadas condições sociais que já são prontas e quase que governadas por
determinadas pessoas. Condições que
quando escolhidas definem imoralmente aquilo que somos. Sejam elas: Orientação
sexual, classe social, faculdade, lugares que se frequenta, ciclo de amizades,
roupas e estilo musical. Não nego que
são escolhas e características que de certa forma definem nossas intimidades,
mas ao mesmo tempo, não por negação, mas digo que não são tão determinantes
como dizem. Gostar de meninas e se
relacionar com elas, não deveria ser algo tão frustrante e tão espantoso como
dizem. Tudo bem que é aceitável aquele velho papo: “Na minha época não era
assim”. Mas é claro que na sua época não era assim querida vó, ou querida mãe.
O problema é que na sua época as coisas precisavam ser mais discretas que o
necessário, e outra coisa, não se tinham tanta liberdade para demostrar àquilo
que sentia. Ou vem dizer que todas as suas escolhas nessa época foram consentidas
com suas vontades? E não é só isso que diminui a ênfase na orientação sexual.
Tem aqueles um tanto quanto medíocres que dizem ser uma doença, ou fruto de uma frustração vivencial. Eu nego! Tudo bem
que frustações muita das vezes fazem com que mudamos a ordem da nossa vida, e
que de certa forma, alteremos alguns de nossos valores, mas são casos raros, e
existem SIM, pessoas que optam por essa escolha, por uma simples razão: PREFERENCIA.
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Mais uma vez eu questiono: Você acha realmente que alguém deixa de ser
tão atraente intelectualmente pela sua escolha sexual? <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
No amor não existe o olhar para a
beleza física, existe nada mais que o enxergar profundo através da alma do
outro. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #333333; font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Pra mim não existe isso de ser heterossexual ou homossexual. No meu
conceito mais íntimo, existem momentos heterossexuais e momentos homossexuais.
Quem é que vai definir uma demostração de amor e sua grandeza?</span><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14913846462260151132noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-637178836676208283.post-21667444662514387882013-01-09T18:31:00.001-08:002013-01-09T18:31:59.835-08:00Eu. <span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.999998092651367px;">Sei ser poeta, filosofa, namorada, amiga, filha, irmã, ficante e todas essas denominações da existência. </span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.999998092651367px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.999998092651367px;">Gosto de ler, de falar até me mandarem calar a boca, de fazer os outros sorrirem, de chorar junto com os amigos, e de dizer coisas doces para a pessoa que amo, ou que esteja flertando. </span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.999998092651367px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.999998092651367px;">Gosto de chocolate, doce da Tia, comida servida na cama que só minha mãe faz. </span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.999998092651367px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.999998092651367px;">Gosto de me sentir livre, e gosto de ouvir elogios. </span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.999998092651367px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.999998092651367px;">Gosto de gente humilde e gente que fala bem. </span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.999998092651367px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.999998092651367px;">Gostando ou não gostando, sendo ou não sendo, bem, essa sou eu. </span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14913846462260151132noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-637178836676208283.post-26163439552808267102013-01-08T19:36:00.005-08:002013-01-08T19:36:58.373-08:00Fazer amor. <br />
<div class="MsoNormal">
Estava frio, muito frio. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Estávamos em uma bela casa de madeira, antiga, velha, mas
cheia de vida e lembranças. Era rústica, com moveis antigos e decorações da
década de 50. Havia roupas de época, e
uns chapéus-coco, que era o nosso fetiche enquanto fazíamos sexo. Lembro que eu subia em cima da cama, o
colocava, enquanto tocava aquela música melancólica do Neil Young, e dançava
com os cabelos sobre os seios, e com você debaixo de mim, sorrindo e observando
as mais íntimas partes do meu corpo. Ao lado da cama havia cigarros, e as
nossas roupas umas sobre as outras. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
O teu perfume
cheirava a casa inteira, aquele cheiro, como é mesmo que eu dizia? - Cheiro de sexo com amor. Enquanto me
distraia com o chapéu-coco, e observava a neve caindo lá fora, você me sorriu
alto e me perguntou se eu gostaria de tomar um café estilo puritana. Pediu-me
que botasse aquele vestido de ceda, de bolinhas, e enquanto eu me trocava,
pediu que continuasse com o chapéu, só pra não perder o clima... Assim o fiz. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Organizamos aquela mesa de madeira, (totalmente velha e bem
escura), com uma toalha preta e com velas vermelhas. Na tentativa de manter o clima de paixão e
desejo ardente.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Ele chegou por detrás de mim, me pegou pela cintura e sussurrou
com palavras doces ao meu ouvido: - Eu
te quero pra mim/em mim. Eu mal sabia o que responder, logo que tínhamos
encontros um tanto quanto casuais e sem muito compromisso. Eu não queria me
envolver emocionalmente e muito menos ele.
Isso iria contra o nosso trato de amantes-amigos. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Embora sempre tenha sido inegável que entre nós havia uma
conexão saudável e uma vontade imensa de prosperar aquele relacionamento, eu
não poderia ir contra o combinado do primeiro encontro. Ele um rapaz puritano nas horas vagas, e eu
também. Ambos com medo de relações afetivas e com medo do amor. Ele com medo de se machucar e eu com o desejo
imenso de ser livre. Considerava-me um
tanto quanto infiel quando o assunto se tratava ter um compromisso. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Gostava de quando ele aparecia no meu apartamento, de
repente, cada dia com um objeto sexual diferente, e com a mania louca de
aparecer sem avisar e com o combinado de não nos deixarmos permitir mandar algum
e-mail ou dar algum telefonema por ausência ou carência. Confesso que teve uma vez que acordei na
madrugada, com uma vontade louca de ouvir palavras e juras de amor, até pensei
em algum ex-namorado, mas sei lá, seria estranho demais, e resolvi dormir. Inconscientemente eu sabia que ele seria o
ideal.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Nos conhecemos
por termos o mesmo ciclo de amigos, e
confesso que quando o vi pela primeira vez, senti uma vontade louca de chegar
perto dele e pedir seu telefone, dizer que topava fazer sexo naquele dia mesmo.
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Tão estiloso e tão charmoso com aquele cabelo preto e olhos
verdes. Fora que era metido a filósofo e
a poeta. Tenho um puta fetiche com homens assim. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Antes que eu perca a ideia central desse texto maluco: <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Quando ele me disse que queria que eu fosse dele, eu mal sabia o que fazer e
o que responder. Não sou de frases prontas e tudo surge naturalmente
comigo. Não sabia se dizia logo que
também queria, ou se fazia de durona e dizia que sei lá, vamos fazer sexo e ir
cada um pra sua casa. A única coisa que
surgiu foi: - Gostaria de tocar uma
música pra você. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Fomos até o piano, e comecei a tocar uma música do Allan
Jackson. Ele sentou do meu lado e vi que
uma lagrima começou a escorrer de seu rosto.
Eu pensei que era impossível, justo ele, tão durão e tão metido a
machão. Continuei tocando, não por dar continuidade a música, mas porque não sabia
o que fazer ou falar. Toquei por cinco
minutos, e quando a música finalizou, lagrimas escorreram dos meus olhos. Não poderia ser por amor, eu pensei. Não é possível que o amor estava em nós esse
tempo todo e eu não percebi. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Era quase que obvio:
Nos amávamos da forma mais natural possível. Sem nunca termos precisado
dizer eu te amo, e nunca termos tido uma
exigência um com o outro. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Levantei, enxuguei as lagrimas do seu rosto, olhei em seus
olhos e disse:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Aceita sair comigo?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Ele sorriu, me abraçou e mais uma vez sussurrou:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Aceito. Só se depois fizermos o nosso primeiro amor. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14913846462260151132noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-637178836676208283.post-59860273910103119742013-01-07T04:52:00.001-08:002013-01-07T04:52:15.316-08:00JUVENTUDE: <br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.999998092651367px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.999998092651367px;">O problema da juventude é o comodismo. Aceitam suas condições e sentam a bunda no conforto. Sabem eles que os pais ou quem quer que seja que tomam conta dessa vidinha "preguiçosa", sempre irá fazer qualquer coisa para manter esse conforto.</span><br style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.999998092651367px;" /><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.999998092651367px;">É por isso que ficam anos tentando passar em uma Universidade federal, ou até mesmo optam por viver as custas do pai, ou ir tomar conta de alguma e</span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #333333; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.999998092651367px;">mpresa que o pai deixou, fingindo ter conquistado algo na vida.<br />Concordo com Luiz Carlos Prates quando ele diz que o problema muita vezes são os pais, que desde novos educam os filhos ao antigo dilema: "Faço tudo por vocês.". Se o filho já nasce ouvindo isso, é certo que sua consciência não vai projetar a ideia existencialista de que no fim ele estará sozinho e que depende apenas dele mesmo para ser alguém na vida.<br /><br />O problema muita das vezes é da sociedade também. A SOCIEDADE tem dado muito brecha para a preguiça alheia.<br />O sistema criando programas de televisão que alienam as pessoas, a lei dizendo que os jovens podem trabalhar apenas com 16 anos.<br />Os pais exigindo apenas o estudo e muitas outras coisas.<br />Por fim, é uma pena que a sociedade e a juventude tem se tornado cada vez com uma produção intelectual menor. Pouca bagagem cultural, e pouco investimento na educação moral.<br />Me pergunto: Onde vamos chegar? (Angélica Mendonça)</span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14913846462260151132noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-637178836676208283.post-39141445016933656402013-01-05T16:09:00.002-08:002013-01-05T16:09:28.678-08:00Argumentar.<br />
<div role="article">
<div class="-cx-PRIVATE-fbTimelineStatusUnit__root" style="padding: 10px 0px 15px;">
<div class="userContentWrapper">
<div class="-cx-PRIVATE-fbTimelineText__featured" style="font-size: 13px; line-height: 18px;">
<div class="text_exposed_root text_exposed" id="id_50e8c021cc0401b46513966" style="display: inline;">
<span class="userContent">Penso eu que pouco adianta saber muito sobre isso ou aquilo, e ter uma excelente educação cultivada em berços de ouro, ou até mesmo andar sempre bem arrumado(a) com total postura de bom moça (o), se no fundo não sabe nem mesmo compreender o outro quando surge uma diferença intelectual, ou então mal sabe a essência de valores que não dependem da educação, da condição social/financeira e da postura <span class="text_exposed_show" style="display: inline;">que os pais tomam em relação a determinadas situações. O ser humano com uma boa educação pra mim é aquele que sabe conversar e argumentar com argumentos sólidos sobre suas ideias e posturas, e não simplesmente utilizar de palavras como "concordo" ou sou "contra". Se concorda argumente, se és contra também argumente. Alienação é achar que sabe tudo, quando na verdade não sabe nada. </span></span></div>
</div>
</div>
</div>
</div>
<div class="fbTimelineUFI uiCommentContainer" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: -12px; margin-left: -12px; margin-top: -12px; padding-top: 3px; position: relative; top: 12px; width: 403px;">
<form action="http://www.facebook.com/ajax/ufi/modify.php" class="live_396577447095123_316526391751760 commentable_item hidden_add_comment collapsed_comments" data-live="{"seq":0}" id="u_4o_5" method="post" rel="async" style="margin: 0px; padding: 0px;">
<div class="fbTimelineFeedbackHeader">
<div class="fbTimelineFeedbackActions clearfix" style="background-color: #edeff4; padding: 5px 12px; zoom: 1;">
<span class="fbTimelineFeedbackLikes tlFLC396577447095123" style="color: #333333; float: right; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 10.909090995788574px; line-height: 12.727272033691406px; margin-left: 5px;"></span><span class="UIActionLinks UIActionLinks_bottom" data-ft="{"tn":"=","type":20}" style="color: #999999; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 10.909090995788574px; line-height: 12.727272033691406px;"></span></div>
</div>
</form>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14913846462260151132noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-637178836676208283.post-16831178363946576722013-01-05T11:12:00.000-08:002013-01-05T11:12:08.688-08:00Harmonizar-se-constantemente.<br />
<div class="MsoNormal">
O equilíbrio e a harmonia com o universo acontecem através
da nossa aceitação com as coisas naturais da nossa própria natureza. Uma das mais
importantes é aceitação de que a qualquer momento precisaremos abrir mão dos
nossos desejos mais íntimos, a procura de ideais que prevaleçam. Outro um tanto
quanto intrigante é aceitação do sofrimento e do seu esgotamento, que se da com
o tempo e com a nossa tranquilidade perante a ele. O sofrimento faz parte da
natureza e é a prova de que existem conflitos no universo que são capazes de
alterar nosso estado de espirito. O
sofrimento permanente é aquele que permanece no ser pela ausência de compreensão.
A compreensão é fundamental para o entendimento daquilo que somos e para de
certa forma diminuir o sofrimento perante aquilo que nos é externo. Quando se há compreensão, (e não uma
compreensão frouxa de aceitar tudo), mas sim uma compreensão baseada em fundamentos
que fortaleçam a nossa posição, é que certamente estamos a um passo de
conquistar o equilíbrio. O budismo nos ensina a compreender todas as coisas do
universo, e confirmo que esse é um dos mais belos valores, a não ser o do
respeito, que confirma que somos seres humanos capazes intelectualmente de
lidar com a nossa realidade. <o:p></o:p></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14913846462260151132noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-637178836676208283.post-60469120295659216152013-01-05T06:08:00.003-08:002013-01-05T06:08:39.561-08:00Reclamando. <br />
<div class="MsoNormal">
Depois de tanto tempo sem fumar,
aqui estou eu. Com o cigarro entre os
dedos e com o coração na mão, não sabendo se digo que sinto muito ou se digo
que foi bom enquanto durou. </div>
<div class="MsoNormal">
As vezes bate uma vontade imensa de desabafar e
dizer tudo aquilo que fica sussurrando entre a minha existência e a minha
vontade de ser alguém melhor. O ano começa e a vontade de mudança começa a
surgir. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Quase que incontrolavelmente abro as janelas do meu apartamento e começo a ouvir Belchior, só pra disfarçar
a saudade de alguém que esteve por aqui na noite passada. Esse alguém que me
presenteou com sorrisos largos e palavras doces. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
As vezes a coerência com que as coisas
acontecem na minha vida me deixa perturbada e com receios. Impressiona-me o fato de como as
coisas se tornam tão antinatural quando damos liberdade pra que tudo possa
acontecer, e quando certamente passamos a tratar todas as coisas com
normalidade. Tratar com normalidade não
significa aceitar tudo aquilo que o outro é ou faz, ou até mesmo tudo aquilo que
o universo transforma.</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Calma ai! Por mais natural que eu
seja, também tenho o direito de
reclamar, e de vez ou outra achar que determinadas naturalidades me incomodam.
Ninguém é obrigado a lidar com todas as características
do outro com total compreensão e total paciência. Embora seja eu, a dona da
aceitação/compreensão e paciência com os outros, tenho o ultimo degrau de cada
coisa, e se alguém o ultrapassa é certo que de antemão não irei gostar. E qual
o problema se eu não gostar? <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
O meu apartamento fede a rancor, e
cheira a morte de algumas coisas. Quem é que nunca matou alguém dentro de si
mesmo?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Por mais que as janelas estejam abertas
e por mais que meu drink esteja do meu
lado, pronto pra que eu comece e toma-lo até perder a consciência de todas
essas escritas e pensamentos, eu tenho vontade de abrir a porta da alma e dizer
que é uma pena que a ignorância ou talvez a petulância seja dominada pela arte
de compreender que os outros erram, e que errar é uma das naturalidades mais
aceitáveis da natureza humana. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14913846462260151132noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-637178836676208283.post-22358907020239368322012-12-28T18:17:00.000-08:002012-12-28T18:17:08.730-08:00Natureza do amor.<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #333333; font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">Descubro que a realidade
do amor é ser doador. Fazer do outro manifestação de um próprio
desenvolvimento intelectual. Compreender e aproximar da realidade do ser amado.
Não fazer do outro uma propriedade, e sim uma naturalidade de prazeres puros. O
amor por natureza é compreensão. Compreender que o outro possui uma realidade
independente. Compreender que no amor exige respeito, respeito esse que env<span class="textexposedshow">olve saber o limite do espaço que pertence ao outro. Amar
é fazer com que o outro se torne inteiro, mesmo que cheio de espaços vagos para
serem preenchidos. O amor é não ter medo de não ser amado. Duas almas que se
amam se reconhecem.</span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #333333; font-family: "Tahoma","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;"><span class="textexposedshow"> A natureza do amor de ante mão é saber compartilhar corpo,
alma, sofrimento e desenvolvimento. O amor é o reconhecimento de que duas
realidades para se tornarem uma unidade, basta transforma-las em manifestações
virtuosas.</span></span><o:p></o:p></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14913846462260151132noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-637178836676208283.post-10985918853198539312012-12-28T14:56:00.001-08:002012-12-28T14:56:22.579-08:0060 minutos. <br />
<div class="MsoNormal">
Ela chega em duas horas e ainda não consegui organizar a
bagunça do meu apartamento e muito menos controlar a minha angustia ou
ansiedade por vê-la e tê-la em meus braços. Ela chega em duas horas e meu
quarto ainda tem rastros da ultima vez que ela esteve por aqui. É incrível como
não consigo mudar as coisas quando não convêm.
A moça do abraço forte e do sorriso suave irá chegar e ainda não
concertei a porta do meu quarto e muito menos organizei os meus discos. Parece bobagem, mas estou fazendo um café e
comprei pães fresquinhos para acompanha-la durante a noite. Parece até exagero,
mas fiz questão de comprar o disco da Legião Urbana que ela tanto gosta, só para
impressionar. Mal sabe ela que tudo isso
não passa de uma vontade certeira de conquistar teu coração e pega-lo pra mim,
da forma mais pura possível. Ela chega
em menos de duas horas, e ainda não coloquei minha meia 3/4 e meu sapato estilo
vovó. Eu sei do quanto ela gosta do meu
batom vermelho, e fiz questão de exagerar, só dessa vez, vai que ela não
percebe que as coisas andaram mudando por aqui. Me sinto mais leve na sua
presença, e adoro quando posso tocar em seus cabelos, na sua pele branca,
segurar na tua cintura e arrasta-la pra perto de mim. É nessa hora que ela
desvia o olhar, sorri e decide se irá se entregar aos meus encantos, ou
continuará fingindo que entre nós não há nada. Ela chegará em trinta minutos e
a única coisa que fiz foi perfumar o apê com aquele incenso que sua mãe me
mandou de presente no verão passado, e passar um café. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Isso tudo porquê a menina dos olhos azuis irá chegar. A moça dos lábios vermelhos e dos olhos azuis. <o:p></o:p></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/14913846462260151132noreply@blogger.com1