sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Des(encontro)

O bonito é descobrir que até o encontro do amor permanente somos distraídos e afastados por belas e falsas interpretações de um amor real. Acreditamos que amamos e aceitamos a condição, mesmo que no íntimo saibamos que não estamos completos e não tão pouco sentindo a sobriedade de um amor que transborda. Passamos por encontros e desencontros, e muitas vezes somos e fomos saciados pela superficialidade de algo que apenas "aparenta". Me pergunto até quando viveremos do que simplesmente "aparenta". Aparenta ser amor, aparenta ser amizade, aparenta dar certo, aparenta respeito, aparenta carinho. Assim não vale! Quando aparenta é porque simplesmente aparenta e não é. Nesses desencontros cotidianos que tive ao longo da minha vida, pude perceber que neles estava a simples espera da chegada do amor que permanece. E descobri que esperar a chegada é um dos sabores mais interessantes. É saber que o outro existe, e que embora ele ande em tamanho desencontro com a gente, tem sentido a mesma espera e aceitado de tal forma o momento da descoberta um do outro. Até o momento do encontro e do reconhecimento. Portanto, que não tenhamos pressa pra viver o real e nem tão pouco para viver o que não aparenta. Vamos viver o que realmente é! Aparentar é fácil, pois é nada mais que uma mistura de vontades individuais com realizações externas. Difícil mesmo é saber que o real não surge primeiramente de um desejo nosso. O que é real nos é apresentado, logo de cara! Que possamos permitir dia a dia a vivência da espera da chegada e também a vivência do simples; desencontro. 

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Nós!



Peço que antes de fazer a leitura deste texto, ouça a música: 1901 - Birdy! 

Cá estou eu na tentativa de escrever sobre você, como se fosse fácil escrever sobre algo que pouco entendo e que tanto cativo.  Esse algo transformado em amor.  A verdade é que as palavras sempre se perdem quando sinto vontade de falar sobre nós.  Daí eu tento mas não sai nada, e eu tento de novo e de novo e de novo.  Arrisco um poema, mas não é disso que eu falo. Tento uma música, mas as cifras nunca completam meu contexto. E tento a crônica, bom, minha amiga crônica tem me ajudado nisso e lá vamos nós.
Nessa noite que passou resolvi pensar em você, e nesse intervalo entre pensar e fumar,  eu senti algo muito grandioso na minha alma; não era um insight e nem tão pouco uma vontade imensa de sussurrar em teus ouvidos meu amor por ti. Era apenas uma evolução espiritual tomando conta da minha necessidade de transcendência.  Veio-me em mente o momento que fizemos amor na noite anterior. Momento esse que senti mais forte que das outras vezes, que o seu eu estava se tornando nosso.  Veio-me em mente o momento que a existência resolveu traçar nossos caminhos e lembrei-me da primeira vez que nos encontramos. Ficamos sentados por algumas horas no parque, fumando e reclamando da nossa bagagem existencial; ora pesada, ora leve!  Você articulava muito bem e isso me impressionava.  O seu jeito “revoltado” me encantou .  Lembrei-me também da primeira vez que dissemos eu te amo.  Não sabíamos se era amor e muito menos se era paixão, mas sabíamos que havia em nós uma vontade grandiosa de nos amarmos. E assim fizemos.  As horas estavam passando e essa coisa transcendente que não sei o nome e nem de onde vêm, começou a movimentar minha mente de forma inquieta. Não era necessário definição alguma. Eu sabia que era a nossa liberdade fazendo com que eu ficasse ainda mais ausente dos conflitos e mais presente na paz.  Você me transmite paz e afeto.  Lembro-me de quando estávamos deitados e que você olhou em meus olhos e uma lagrima escorreu.  Eu não sabia se correspondia ao feito, ou se te abraçava forte e te protegia do mundo.  Seus olhos verdes brilhavam com mais intensidade e seus lábios vagarosamente iam perdendo a cor. Você olhava pra baixo como se quisesse esconder algo, e eu insistia pra que correspondesse meu olhar.  Era uma sensação forte ao mesmo tempo que era linda e fantástica.  Foi exatamente nesse momento que soube que além de amor, havia em nós uma vontade imensa de cuidar um do outro. Vontade essa que nos fez de tal forma, ainda mais próximos e mais distantes de toda aquela coisa pesada que a existência traz quando relacionamos com ela.  Seria estranho demais se eu dissesse que preciso mais de nós do que de mim, mas o fato é que a cada vez que me aproximo de nós sinto-me ainda mais próxima de mim. Do meu eu e do meu estado de contemplação espiritual. Por fim, digo insistentemente que o amor tem esse problema, quando se ama muito, a poesia transcende as palavras e começa a ficar não-verbal demais.  As palavras se tornam algo mais vivencial e as escritas deixam de fazer sentido. Agora compreendo porque quando o assunto é você, as palavras quase que se movimentam independente da minha posição. É o amor. É você. Somos nós!

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Sexo ou amor. Amor ou sexo.


Quero te fazer uma surpresa essa noite. Qual é? É surpresa, garoto.  Tu sabe que não gosto de surpresas. É sexo? Não. É amor!  Amor? Sim. Amor. Aquele sexo com fantasias eróticas e paixão, mas ao mesmo tempo,  cheio de cuidado, carinho e afeto. Te espero aqui as dez horas. Dez horas? Sim. Dez horas não da, vou estar lendo. Deixa esse livro de lado, vai valer a pena. Tchau.
Desliguei o telefone e comecei a me achar pirada. Que loucura é essa dizer que queria fazer amor com ele?  O nosso relacionamento era sexo, sexo e sexo.  Não tinha amor, não tinha telefonemas nas madrugas, não tinha eu te amo e nem todas essas coisas românticas que os casais fazem.  Só tinha tesão.  Na verdade, não éramos um casal.  Éramos amantes. Eu tinha certeza que eu era amante mesmo ele dizendo que não tinha mais ninguém afetivamente.  Meu apartamento estava como minha vida; na desordem.  Não sabia onde iriamos fazer amor. Era uma surpresa, não podíamos mais usar a minha cama. Olhei pro banheiro, o banheiro olhou pra mim. Era melhor não. Fazer sexo no banheiro, não era fazer amor. Era simplesmente fazer sexo.  
Liguei para uma amiga e disse que queria fazer amor com ele. Ela riu do outro lado da linha e perguntou se eu estava bêbada.  Eu disse que estava sentindo umas coisas meio estranhas nesses nossos últimos dias. Uma puta saudade dele e não era carência. E nem saudade de ver seu corpo sem roupa.  Ela disse para experimentar a sala. Colocar aquela toalha que eu uso para fazer meditação e colocar umas velas em torno dessa toalha. Um incenso, vinhos e cigarros. Desliguei o telefone e comecei a planejar.  Eram nove horas e meu estômago começou a transmitir umas sensações estranhas para meu cérebro. Era a primeira vez que dizia querer fazer amor com alguém.  Sempre tive medo de amar e ser amada. Essa coisa de amar e ter compromisso e ter romantismo e ter carência e fazer amor, nunca foi pra mim. Sempre gostei de coisas mais livres e minha vida estava fluindo bem assim.  Até no nosso ultimo encontro. Subimos uma cerra e ficamos vendo a cidade. Conversando sobre planos futuros e sobre vontades íntimas. Ele me disse que queria ser amado, e eu acabei dizendo que amar é besteira. Fazer sexo era melhor.  Fomos cada um pra sua casa e depois disso, me bateu aquela puta vontade de viver um amor desses de cinema, sem cair no padrão social.  Esses amores que duram três meses e que não perdem a intensidade.  
Organizei a sala. Coloquei minha melhor roupa mesmo sabendo que não a usaria por muito tempo. Perfumei o apartamento. Coloquei o incenso. Fumei um cigarro e liguei minha vitrola com o disco do Neil Young.  Eram 21:45 e meu coração estava apertado.  Queria ver aquele corpo moldado pela natureza e beija-lo por completo. Queria olhar nos olhos e deitar sobre seu peito. E amar, amar, amar e fazer sexo.  Eu queria sentir teu corpo no meu, e sentir o calor da alma através do amor.
A campainha toca.  Dou uma ultima olhada para a sala e tudo pronto. A surpresa estava ali.  Abri  a porta e lá estava ele.  De chapéu-coco, calça preta e uma blusa branca e um  suspensório, com flores vermelhas sobre as mãos.  Ele sabia que eu sentia muito tesão por seu suspensório.
- Boa Noite.
-Boa Noite!
-Então... Qual é a surpresa?
Eu tinha mania de sempre brincar com sua seriedade e fui logo dizendo:  A surpresa sou eu. Não gostou?
- Amei!
Entramos, coloquei as flores no vaso com água em cima da mesa que certamente tomaríamos café durante a manhã. E foi ali que tudo começou. Ele tinha mania de me pedir que sentasse em teu colo e assim o fiz.  Ele passou a mão sobre meus cabelos escorregando-a pela minha barriga. Na barriga apertou forte. Olhei de lado e ele beijou minha bochecha e sorriu. Por ali ficamos, em silencio.
-Qual é? Não gostou da surpresa? Quero fazer amor ou sexo, tanto faz. Eu quero você. Seu corpo. Em mim.
Silencio.
- A verdade é que eu gostei tanto e tanto e tanto que perdi o tesão de fazer sexo e fiquei com uma puta vontade de aproveitar essa noite para observar a beleza da tua alma e não do teu corpo.
E assim, bom, não preciso nem dizer, começamos a amar o amor e não o sexo! 

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Desconhecido.


Já é tarde, eu pensei. São quase duas e a única coisa que faço é ouvir a mesma musica repetidamente.  Leio alguns textos, escrevo algumas coisas e ainda assim me sinto cheia. Sinto que tem algo aqui dentro, algo forte, daqueles que faz o coração bater mais forte, e que precisa ser dito ou cuspido como letrinhas de poesia. Daí eu tento, mas não sai. Eu tento de novo, mas não sai.  Dai eu começo a respirar e a meditar, mas continua aqui.  E eu respiro, e expiro, e a dor continua em mim. Eu troco de musica, mas não é culpa da música.  Leio alguns textos e recito alguns mantras, mas essa coisa louca que não sei o nome e nem sei de onde vêm, continua aqui dentro.  Eu resolvo partir para agressão e acendo um cigarro. A tragada impulsiona a dor até a boca do estômago, mas não consigo vomita-la.  Fumo um, dois, três cigarros. Mas nada.  A dor continua aqui. Olho para dentro na tentativa do recolhimento, mas parece que essa é dor é tão íntima de mim que não sei o que é e nem onde fica. Tento desdobrar a minha alma e começo a tentar compreender minha mente, mas nada.  Não encontro de onde vêm essa dor. Essa coisa que precisa ser cuspida e que fica entre o estômago e o coração. De repente me silencio.  O silencio é forte, e sinto que algo está saindo lentamente pela minha boca, nariz, ouvido e coração. Essa coisa que não sei o nome e nem de onde vêm é nada mais que a saudade do desconhecido. 

Buraco!


Me perdoe pelos meus mil anos à frente dos nossos segundos e pela saudade melancólica que eu senti o tempo todo mesmo sendo nossos primeiros momentos. Pelo retesamento na hora de entregar. Pela maneira como eu grito e culpo quem tiver perto por uma angustia que sempre foi e será só minha e que eu sempre suporto mas quando sinto amor fico achando que posso distribuí-la um pouco, mesmo sabendo que é fatal.
Me desculpe por eu ter querido tanto ficar bonita e perfeita e só ter conseguido olheiras e ossos. Me perdoe pelas vezes que de tanto querer leveza acabei pesando a mão. De tanto querer sentir, pensei sobre como estava sentindo, e perdi o sentimento. Ou senti sem pensar e isso pra mim é como meus medos das drogas e então precisei roubar a chave do carro do seu bolso pra me proteger de não olhar mais uma vez você e nunca mais voltar pra casa. Minha maior dor é não saber fazer a única coisa que me interessa no mundo que é amar alguém. Me perdoa por eu querer de uma forma tão intensa tocar em você que te maltrato. Minha mão acostumada com um mundo de chatices e coisas feias fica tão gigante quando pode tocar algo lindo e puro como você, que sufoca, esmaga e estraçalha. Me perdoe pela loucura que é algo tão pequeno precisando de amor e ao mesmo tempo algo tão grande que expulsa o amor o tempo todo. Eu sou uma sanfona de esperança. Eu tenho estria na alma.
Enfim. Cansei de pedir desculpa por quem eu sou. Cansei de ouvir de todo mundo como é que se trabalha, se ama, se permanece, se constrói. Eu tentei com todas as forças amar você e agora sofro com todas as forças pelo buraco que ficou entre o sofá e a planta e o meu coração. Você vai embora e eu vou voltar para as minhas manhãs com o iogurte que eu odeio mas que é a única coisa que passa pela garganta quando o dia tem que começar. Vou voltar para aqueles e-mails chatos de pessoas que eu odeio mas que pagam esse apartamento sem você. E ficar me perguntando de novo para quem mesmo eu tenho que ser porque só tem graça ser para alguém. E que se foda o amor próprio.
Você me disse e me olhou de formas terríveis mas o que sobrou colado em cada parte do dia e de mim é a maneira como você sorri levantando que nem criança o lábio superior direito e como eu gosto de você por isso e por tudo e mesmo quando é ruim e sempre quando é incrível e ainda e muito e por um bom tempo.  Tati Bernardi

O homem mais bonito do mundo!


E não foi que numa dessas brincadeiras de ter e pertencer ao outro, eu acabei me pertencendo?

Tudo começou quando tudo finalizou com ele.  Quando vi que a relação não tinha mais a mesma pureza do primeiro encontro e que já não tinha mais graça ter aqueles encontros casuais, onde tentamos impressionar dessa ou daquela forma.  Resolvi pular correnteza a fora e preocupar mais comigo.  E foi nessa linha tênue do preocupar comigo e esquecer ele, que me surge o outro.  Aquele que não conheço suas intimidades, mas conheço da tua voz, imagino teu cheiro e sinto falta dos seus carinhos. 
Foi exatamente no momento que disse que não dava mais para continuar com aquele relacionamento  que resolvi sair a procura de alguma forma de não morrer de solidão.  Estava caminhando em direção as aulas de meditação quando de relance vejo que tem um cara do outro lado da rua, com cabeça baixa e uma blusa xadrez grande, com óculos iguais aos meus e um chapéu coco.  Logo pensei que era minha representação masculina e que eu estava ficando maluca. Esfreguei os olhos e olhei fixamente. Ele retribuiu. E olhei de novo.  Ele sorriu e atravessou na minha direção. Não havia nenhuma casa naquela rua a não ser a clinica de meditação.  Imaginei que seria uma puta loucura se ele também estivesse indo nessa clinica. Fui de cara perguntando: Não me diz que também é zen? Ele sorriu alto e disse que eu não estava maluca. Que era a primeira vez que iria nesse lugar, e ousou me perguntar se poderia orienta-lo.  Gaguejei ao responder, pois sua beleza era imensa.  Ele era o homem mais bonito do mundo.  Seus olhos eram castanhos e seus cabelos possuíam cachos perfeitamente moldados. Fora que possuía um lindo sorriso e uma forma modesta de falar sobre suas vontades. 
Sim. Ele era o homem mais bonito do mundo. Quando afirmei isso pra mim mesma, comecei a tentar encontrar algum defeito.  Fui logo pensando que ele deveria cheirar mal, mas quando me aproximei de seu corpo, vi que esse não era o defeito. Ele cheirava o sabor mais doce do mundo.  Cheguei a imaginar que o problema era que ele não sabia conversar, e fui logo falando sobre psicanalise de Freud.  Incrivelmente ele sabia tudo e um pouco mais. Resolvi partir para cima e perguntar se ele era gay. Ele sorriu e me perguntou se o teu jeito era de gay. Retribui o sorriso e disse que não, e que esse era o problema.  Não poderia conformar que ele era o homem mais bonito do mundo.  Ele falava baixo e passava a mão entre os cabelos quando falava sobre suas inseguranças. 
Ainda me intrigava o que havia de errado nele.  Porque diabos ele estaria conversando comigo.  Justo eu  que estava com uma baixa energia devido ao término, e que de certa forma estava perdida tentando encontrar algum recurso que me aproximasse de mim mesma.
Fomos a aula de meditação e ele fazia tudo tão bem e tão delicadamente, que não consegui meditar só por ficar olhando sua posição ereta e tão centrada.  Até tentei usar do argumento de que seus pés eram feios, mas não! Eram mais delicados que os meus. 
Após a meditação fomos caminhando para o parque da cidade. E sentamos no gramado e conversamos e trocamos sorrisos e experiências.  Eu sentia uma puta vontade de olhar no fundo dos seus olhos na tentativa de enxergar algum vazio. Mas não, seu olhar era profundo e sensual.   
Trocamos telefones e naquele mesmo parque nos despedimos.  Ele me abraçou forte e passou a mão nas minhas costas parando-a na minha cintura.  Beijou minha testa e disse que numa próxima oportunidade iriamos nos encontrar.  Eu sorri, olhei nos seus olhos e fui pra casa.
Confesso que fiquei ansiosa para receber alguma mensagem ou coisa do tipo. Até pensei que o problema dele deve ser que ele não liga para os sentimentos e que eu não seria uma exceção. Pensei ser besteira acreditar que ele mandaria alguma mensagem e fui dormir.  No outro dia, recebo uma mensagem logo de manhã: “Eu gostei da sua liberdade e da sua vontade de desprender das coisas.  Sabe de uma coisa? A sua felicidade está tão dentro de você, e te falta tanto se encontrar, que ela permanece distante.  Abraços.”  Sim. Ele era o homem mais bonito do mundo e esse era o problema; não mais o encontrei. 

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Olhar para dentro!

Uma vez que olhei para dentro com olhares de compreensão, pude perceber o verdadeiro sentido das coisas que me aconteciam por dentro. Pude compreender que a raiva não passava de uma condenação da minha mente para as coisas que eu era incapaz de aceitar. Pude compreender que a insegurança era o meu medo e o meu acreditar que não sou capaz de lidar com todas as coisas que me acontece, coisas essas que me arranca um pouco mais de mim mesma. Pude compreender que a carência era a falta de me sentir amada, e falta essa que inconscientemente recriminei a mim mesma de suprir. Pude compreender que os momentos tristes foram exatamente aqueles que preferi buscar coisas externas como preenchimentos. Pude compreender que faltava um pouco mais de autenticidade em mim mesma. Faltava um pouco mais de atenção com meu eu. Percebi através da meditação e através da prática do amor, que o segredo era aceitar a natureza real das coisas. Como dizia Osho: Aceitar tal como é. Por fim, pude compreender que pela ausência dessas combinações, entre eu-com-eu, que deixei de lidar sobriamente com o mundo externo. Sorrisos largos e palavras doces, qualquer pessoa é capaz de fazer. Dizer que ama e fazer do outro um abrigo, qualquer carência é capaz de fazer. Dizer que está bem e sentir-se bem momentaneamente qualquer ser consegue, mas existe uma sútil diferença entre a temporalidade dessas coisas e o estado real. E concluí com o tempo e as experiências que o que eu precisava era que tudo fosse vivo e verdadeiro. No fundo eu só queria aceitar a natureza das coisas e compreendê-las tais como são! Aceitação no sentido mais puro! Sem condenações internas e sem isso de ter preconceito com meus sentimentos. O segredo pra mim é deixar que de fato, as coisas comecem a fluir naturalmente.