quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

(In)voluntariamente.


De repente esse laço se corrompe e você percebe que valeu a pena, mas não da mais. A vontade de introspecção começa a fluir, e você não sabe silenciar, já que se acostumou com a presença.  Tudo se torna mais complicado quando naturalmente a singularidade começa a surgir. Você começa a desejar sua presença, e a querer ausência de tudo: Familiares, namorado, amigos, e principalmente das coisas que mais gosta. Não é egoísmo, você auto-afirma. É apenas uma vontade de ficar sozinha. De repente você percebe que já faz uma semana que não fala com ninguém, e que ninguém te procura. Você não sente falta, e nem eles. Você descobre que é difícil lidar consigo mesma, e começa a te achar invulnerável. Mas não é possível que eu seja tão distante assim, pensei.  Você quase não se encontra consigo mesma. A vontade aperta, e você passa a ficar deitada, por dias, sem vontade alguma de se sentir amada, desejada, e assim, não surge nenhuma reciprocidade. Passaram-se um mês, e você sente uma vontade gritante de sair do conforto do quarto. Parecia ser um insight, que involuntariamente tomou conta do seu ser, e te fez, quase que sem escolhas, uma pessoa mais plena e mais preparada para lidar com as adversidades. Você sorri. Abre a porta da  alma, e resolve telefonar. Descobre que ele estava lá, esperando seu tempo, e sua recomposição. Se sente bem, e resolve caminhar a procura do outro, já que se está cheia de si mesma. 

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