quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Ser leve. Ser você !


Hoje resolvi ser mais leve. 
Quero  chegar em casa, depois de um dia cansado e me esparramar no chão da sala, olhando para o teto e respirando vagarosamente.  Quero tomar aquele café que apenas o Gabriel sabe fazer, e sentir sabor real daquela coisa que eu chamo de estranha que passa queimando minha garganta e me despertando vontade de querer mais.  Quero poder tomar banho, e ficar debaixo do chuveiro saboreando aquela água caindo entre as minhas costas, os meus cabelos, e por fim, na minha alma.  Quero poder sentar no sofá, folear meus livros de filosofia e sentir o cheiro de conhecimento misturado com aquele cheiro gostoso de  livros velhos, sem ter que me preocupar com o que tenho que fazer daqui cinco ou dez minutos.  Quero poder ligar a minha vitrola, colocar aquelas músicas do Chico, e dançar, dançar, dançar, até ficar casada e sentir vontade de telefonar para o Gabi e ficar conversando por horas sobre psicanalise, e sobre a viagem que pretendemos fazer.  Quero poder olhar nos olhos e dizer que amo.  Abraçar, acariciar o corpo, e deitar com a cabeça no peito, sem precisar me envolver emocionalmente, e sem me preocupar qual a denominação dessa ou daquela relação afetiva.  Quero poder passear pela cidade, observar o movimento, a paisagem e as pessoas.  Quero poder almoçar em família, sorrir em família, e amar em família, sem precisar ficar a todo momento recordando as magoas e brigas que outrora aconteceram.  Quero poder ficar a sós com a natureza e meditar, aprofundando o meu estado de introspecção, sem precisar me preocupar com essa ou aquela coisa que me torna um pouco mais ansiosa. Quero poder sair com os amigos, tocar violão, fumar, sem precisar me preocupar com  horários ou responsabilidades no dia seguinte.  E por fim, eu quero apenas ser eu mesma, sem isso de agradar ou de ter que fazer social para ter um número de amigos ou pretendentes um tanto quanto maior.  Quero mesmo é usar meu coturno vintage marrom, minha blusa de renda, meu laço de bolinhas, e minha bolsa marrom, me sentindo uma estranha socialmente, e ao mesmo tempo tão amigável com meu verdadeiro eu.  Quero mesmo é ser livre!

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